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Ponteiros

O C é altamente dependente dos ponteiros. Para ser um bom programador em C é fundamental que se tenha um bom domínio deles. Por isto, recomendo ao leitor um carinho especial com esta parte do curso que trata deles. Ponteiros são tão importantes na linguagem C que você já os viu e nem percebeu, pois mesmo para se fazer um introdução básica à linguagem C precisa-se deles. 

Como Funcionam os Ponteiros
Os ints guardam inteiros. Os floats guardam números de ponto flutuante. Os chars guardam caracteres. Ponteiros guardam endereços de memória. Quando você anota o endereço de um colega você está criando um ponteiro. O ponteiro é este seu pedaço de papel. Ele tem anotado um endereço. Qual é o sentido disto? Simples. Quando você anota o endereço de um colega, depois você vai usar este endereço para achá-lo. O C funciona assim. Voce anota o endereço de algo numa variável ponteiro para depois usar.
Da mesma maneira, uma agenda, onde são guardados endereços de vários amigos, poderia ser vista como sendo uma matriz de ponteiros no C.
Um ponteiro também tem tipo. Veja: quando você anota um endereço de um amigo você o trata diferente de quando você anota o endereço de uma firma. Apesar de o endereço dos dois locais ter o mesmo formato (rua, número, bairro, cidade, etc.) eles indicam locais cujos conteúdos são diferentes. Então os dois endereços são ponteiros de tipos diferentes.
No C quando declaramos ponteiros nós informamos ao compilador para que tipo de variável vamos apontá-lo. Um ponteiro int aponta para um inteiro, isto é, guarda o endereço de um inteiro. 


Declarando e Utilizando Ponteiros

Para declarar um ponteiro temos a seguinte forma geral:
tipo_do_ponteiro *nome_da_variável;
É o asterisco (*) que faz o compilador saber que aquela variável não vai guardar um valor mas sim um endereço para aquele tipo especificado. Vamos ver exemplos de declarações:  

int *pt;
char *temp,*pt2;
 
O primeiro exemplo declara um ponteiro para um
inteiro. O segundo declara dois ponteiros para caracteres. Eles ainda não foram
inicializados (como toda variável do C que é apenas declarada). Isto significa
que eles apontam para um lugar indefinido. Este lugar pode estar, por exemplo,
na porção da memória reservada ao sistema operacional do computador. Usar o
ponteiro nestas circunstânicias pode levar a um travamento do micro, ou a algo
pior.
 
 
O ponteiro deve ser inicializado (apontado para algum lugar conhecido) antes de ser usado! Isto é de suma importância!
Para atribuir um valor a um ponteiro recém-criado poderíamos igualá-lo a um valor de memória. Mas, como saber a posição na memória de uma variável do nosso programa? Seria muito difícil saber o endereço de cada variável que usamos, mesmo porque estes endereços são determinados pelo compilador na hora da compilação e realocados na execução. Podemos então deixar que o compilador faça este trabalho por nós. Para saber o endereço de uma variável basta usar o operador &. Veja o exemplo:  


int count=10;
  int *pt;
   pt=&count;
 
 
Criamos um inteiro count com o valor 10 e um apontador para um inteiro pt. A expressão &count nos dá o endereço de count, o qual armazenamos em pt. Simples, não é? Repare que não alteramos o valor de count, que continua valendo 10.
Como nós colocamos um endereço em pt, ele está agora "liberado" para ser usado. Podemos, por exemplo, alterar o valor de count usando pt. Para tanto vamos usar o operador "inverso" do operador &. É o operador *. No exemplo acima, uma vez que fizemos pt=&count a expressão *pt é equivalente ao próprio count. Isto significa que, se quisermos mudar o valor de count para 12, basta fazer *pt=12.
Vamos fazer uma pausa e voltar à nossa analogia para ver o que está acontecendo.
Digamos que exista uma firma. Ela é como uma variável que já foi declarada. Você tem um papel em branco onde vai anotar o endereço da firma. O papel é um ponteiro do tipo firma. Você então liga para a firma e pede o seu endereço, o qual você vai anotar no papel. Isto é equivalente, no C, a associar o papel à firma com o operador &. Ou seja, o operador & aplicado à firma é equivalente a você ligar para a mesma e pedir o endereço. Uma vez de posse do endereço no papel você poderia, por exemplo, fazer uma visita à firma. No C você faz uma visita à firma aplicando o operador * ao papel. Uma vez dentro da firma você pode copiar seu conteúdo ou modificá-lo.
Uma observação importante: apesar do símbolo ser o mesmo, o operador * (multiplicação) não é o mesmo operador que o * (referência de ponteiros). Para começar o primeiro é binário, e o segundo é unário pré-fixado.
dois exemplos  simples de ponteiros:
 Exemplo1:

#include <stdio.h>
int main ()
{
  int num,valor;
  int *p;
  num=55;
  p=&num;   /* Pega o endereco de num */
valor=*p;  /* Valor e igualado a num de uma maneira indireta */
  printf ("\n\n%d\n",valor);
  printf ("Endereco para onde o ponteiro aponta: %p\n",p);
  printf ("Valor da variavel apontada: %d\n",*p);
  return(0);
}
 
 Exemplo2:


#include <stdio.h>
int main ()
{
      int num,*p;
      num=55;
      p=&num;     /* Pega o endereco de num */
      printf ("\nValor inicial: %d\n",num);
      *p=100; /* Muda o valor de num de uma maneira indireta */
      printf ("\nValor final: %d\n",num);
      return(0);
}

  


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